segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ainda sobre os bebês.

No post anterior intitulado Papo entre dois bebês - de autoria desconhecida - achei importante comentar, mas não havia me sentido preparada ou inspirada o bastante para tal ação, já que isso requer o mínimo de bom senso e responsabilidade em se tratando de uma ferramenta de expressão que pode ser acessada por qualquer pessoa.
Hoje, no entanto, tal inspiração me pegou de jeito e me permitiu escrever algumas palavras que espero estejam de fácil entendimento. Não é nenhuma verdade absoluta (quem sou eu para tal manifestação), mas me veio à vontade de expor meus pensamentos quanto a alguns temas. Pode discordar de mim á vontade.

É claro que o texto postado se trata de uma brincadeira. Mas como tudo na vida a gente consegue tirar algum proveito, aqui não seria diferente. Desde muito cedo, quem sabe ainda na barriga da mãe, já se pode proporcionar a criança bons momentos, embora seus sentidos estejam em desenvolvimento - a visão pelo pouco que sei se desenvolve ininterruptamente até a idade adulta - mesmo assim dizem especialistas que os bebês sentem certas manifestações de amor, ou de desamor... E quando crianças, então? Ah, as crianças! Essas nos surpreendem com conversas, histórias... Que dirá então aquilo que fica ali dentro de suas cabecinhas e muitas vezes remoendo o pensamento delas com "ideias" de situações mal interpretadas. Não sou perita no assunto, mas acho que qualquer um precisa ter o bom senso na educação de seus "filhotes" (gosto dessa palavra, pois nos remete a animais que mesmo na condição de irracionais não faz barbáries com suas crias) e saber medir tudo o que é dito e feito perto ou para uma criança. Muitas questões não são tratadas com as crianças por não se achar necessário expô-las a tais assuntos. Como eu disse, é preciso ter bom senso na, veja bem, educação e não criação. Criar não é fácil, mas educar está cada dia mais difícil. Na verdade a questão da educação vem no passar dos anos perdendo o peso de sua importância na formação do caráter de muitas crianças. Os pais estão passando a bola para as escolas. E não é bem assim que as coisas devem ser. Eu sou adepta da ideia que educação vem de berço.
Pior ainda é deixá-las a mercê da TV. Sexo, maus exemplos, valores distorcidos, rebolations e outros... Sem contar com programas em horários matutinos ou vespertinos que por se considerarem informativos, acabam passando das medidas ao noticiarem fatos com tamanha descrição de detalhes que, em minha opinião, seriam totalmente desnecessários para tal horário, ou independente do horário. O caso Isabela, por exemplo. Ainda tão fresco em nossas mentes. Tanto se falou na hipótese de que um pai teria atirado a filha pela janela. Acredito que os detalhes deveriam ser guardados ou simplesmente não expostos com a desculpa de que é pensando nos telespectadores. Ah, quanta consideração! O mal que esse tipo de informação causa a nós adultos é a não estranheza a acontecimentos bizarros como este. É estranho, mas a verdade é que nos acostumamos a ouvir certas noticias. A pedofilia é uma delas, infelizmente. Mas e as crianças? E quanto a elas? O que se passa em suas cabeças ao ouvir que um “pai” pode ter tido a capacidade de jogar sua filha pela janela?
Se você acha que não é necessário tocar em certos assuntos com crianças mas acha normal deixá-las assistir qualquer coisa na TV de dia ou que é ainda pior, de Domingo, prepare-se para desatar o nó de suas cabeças. Pior é quando elas guardam as duvidas e os medos e não põem pra fora.
É preciso respeitá-las e ter a consciência de que muito do que é feito hoje para elas influenciará no que virá a ser no futuro. Converse, explique, mostre, aguce seus sentidos, ouça o que elas têm a dizer e dedique um pouco do seu tempo ao que elas gostariam de fazer. Sim, eu sei que muitas vezes é difícil proporcionar o mínimo (saúde, alimentação, escola...), mas é preciso praticar também o que elas sabem fazer de melhor: brincar, explorar, perguntar, imaginar, sonhar... E é ai que entra o adulto para mostrar que se pode e deve sonhar. E que a vontade da realização de seus sonhos depende só de quem sonha. Nem sempre é fácil, mas o mais importante é que é possível. Permita que a criança pratique essa lição. Isso se chama respeito. Respeitar seus sonhos, desejos, sua maneira de pensar, de ver as coisas... Taí uma palavrinha que eu gosto e acredito que com ela se pode muito. Não concordo quando dizem que o amor é a solução para um mundo melhor. Não se pode impor que se ame a tudo e a todos. Concorda? Já o respeito, é algo que se pode ter até por seu pior inimigo e isso não me foi imposto, mas ensinado.

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